Funk Ostentação ou Funk Paulista, é um estilo musical criado em São Paulo entre os anos de 2009 e 2010, é originado do Funk Carioca.1 2 Trata-se de um estilo musical popular principalmente entre as camadas sociais mais pobres, porém cultiva valores comuns nas camadas mais ricas. Há grande contrariedade em pessoas desfavorecidas economicamente aderirem à ostentação, já que o ato de ostentar tem como pressuposto ter o objeto de ostentação: carros de luxo, joias, dinheiro. Um dos principais representantes do estilo, é o cantor MC Guimê3 , ficou conhecido por todo Brasil pelo seu hit "Plaquê de 100".4 "MC Boy do Charmes" um dois pioneiros do estilo.5 Outro que foi um dois principais representantes do estilo é o cantor MC Daleste6 , que ficou conhecido nacionalmente e internacionalmente7 pelos hit "Mina de Vermelho" e "Ostentação Fora do Normal"8 , falecido em Julho de 2013.9 10 Outro principal responsável pelo crescimento do estilo, é o produtor de videoclipes KondZilla11 , já produziu diversos clipes de Funk Ostentação.12
Por conta de seus quase 40 anos, pode-se dizer que o tradicional Funk carioca é mais desenvolvido como estilo, já que possui diversas vertentes, como "Funk Melody", que trata de amor, paixões, etc, o "Pancadão", que trata da desigualdade social e da vida nas Favelas e subúrbios cariocas, os famosos "Proibidões", cujo tema é a criminalidade, e o mais midiático, que é o "Sensual" com seus grupos de jovens MC's, e mulheres exibindo sua sensualidade em danças e letras picantes. Foi desta mistura de vertentes, que surge em São Paulo o Funk Ostentação.
No início do movimento, o Funk praticamente se limitava à região da Baixada Santista.13 A principal inspiração eram os cariocas MC Frank e Menor do Chapa, astros do funk proibidão, gênero que faz apologia das armas e do crime.13
Em junho de 2011, Depois do MC paulistano Boy do Charmes lançar no YouTube a canção “Mégane”, referência à marca de um carro.13 5 Os 3 milhões de acessos no YouTube repentino, chamaram a atenção de outros funkeiros de São Paulo, e criar músicas cujo tema é a ostentação converteu-se em regra fundamental do Funk Paulista.13 Além de citar carros de luxo, chamados pelos MCs de “naves”, é importante ostentar o “kit”, expressão que define os acessórios do vestuário: tênis, bermuda, camisa, anéis e colares, óculos escuros e boné.13 Cabe lembrar, que a "ostentação" é a primeira vertente do ritmo que nasceu fora do Rio de Janeiro.13
Este visual dos funkeiros paulistas, é inspirado nas estrelas do rap americano, mas nunca foi tema das letras no funk carioca, afirma o jornalista Silvio Essinger, autor do livro "Batidão", sobre a história do funk no Brasil.13 O exemplo máximo de sucesso com letras de ostentação é o rapper 50 Cent, astro do hip-hop americano. Esse estilo musical deu origem nos anos 1980 ao funk carioca.13 50 Cent possui discos como Power of the Dollar (O poder do dólar) e Get Rich or Die Tryin (Fique rico ou morra tentando).13
Assim como no Rio de Janeiro, os cantores deste subgênero do movimento central, na maioria das vezes são chamados de MC (Mestre de Cerimônia) (pronuncia-se: emici) e os artista instrumentais são chamados DJ's.14 O diretor e produtor Pioneiro na estética da ostentação, KondZilla, criador da empresa também "KondZilla".15 No ano de 2012 a produtora colocou no ar mais de 70 clipes, sendo que muitos deles ultrapassaram a marca dos 20 milhões de visualizações no YouTube.15 Com o sucesso dos videoclipes, o diretor Renato Barreiros, o produtor Bruno Bertolazzi e KondZilla, se juntaram em agosto de 2012, para fazer um documentário sobre a origem do ‘Funk Ostentação’, lançado no mesmo ano.15